quinta-feira, 25 de setembro de 2014

VIRGEM DO SILÊNCIO


Mãe do silêncio e da humildade,
tu vives perdida e encontrada no mar sem fundo do Mistério do Senhor.

Tu és disponibilidade e receptividade. 
Tu és fecundidade e plenitude. 
Tu és atenção e solicitude pelos irmãos. 
Estás revestidas de fortaleza. 
Resplandecem em ti a maturidade humana e a elegância espiritual. 
És senhora de ti mesma antes de ser nossa Senhora. 
Em ti não existe dispersão.

Em um ato de simples e total, tua alma, toda imóvel, está paralizada e identificada com o Senhor.
Estás dentro de Deus, e Deus dentro de ti.
O Mistério total te envolve e te penetra e te possui, ocupa e entrega todo o teu ser.

Parece que em ti tudo ficou parado, tudo se identificou contigo:
o tempo, o espaço, a palavra, a música, o silêncio, a mulher, Deus.
Tudo ficou assumido em ti, e divinizado.

Jamais se viu figura humana de tamanha doçura,
nem se voltará a ver nesta terra uma mulher tão inefavelmente evocadora.
Entretanto, teu silêncio não é a ausência, mas presença.
Estás abismada no Senhor e ao mesmo tempo atenta aos irmãos, como em Caná.
A comunicação nunca é tão profunda como quando não se diz nada,
e o silêncio nunca é tão eloqüente como quando nada se comunica.

Faze-nos compreender que o silêncio não é desinteressante pelos irmãos,
mas fonte de energia e de irradiação; não é encolhimento mas projeção.
Faz-nos compreender que, para derramar, é preciso preencher-se.
Afoga-se o mundo no mar da dispersão,
e não é possível amar os irmãos com um coração disperso.
Faze-nos compreender que o apostolado, sem silêncio, é alienação;
e que o silêncio, sem apostolado, é comodidade.

Envolve-nos em teu manto de silêncio e comunica-nos a fortaleza de tua fé,
a altura de tua Esperança e a profundidade de teu Amor.

Fica com os que ficam e vem com os que partem.
Ó Mãe Admirável do Silêncio!

Amém.

Autor: Frei Inácio Larrañaga

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Dez Ensinamentos de Santo Padre Pio de Pietrelcina


1. A obediência é mais bela quando é mais amarga.
2. A maior miséria da alma é a de acreditar-se forte.
3. É a Deus que você deve recorrer face aos assaltos do demônio.
4. O demônio nunca conseguirá demover uma alma que está agarrada à Cruz.
5. Tem paciência ao preservar neste santo exercício da meditação e conforma-te com começar dando pequenos passos, até que tenhas duas pernas para correr, e asas para voar.
6. Com o estudo dos livros se busca a Deus; com a meditação O encontramos.
7. Refleti cada dia um pouco: se é de noite, à luz tênue da lâmpada e entre a esterilidade e impotência do espírito; e se for de dia, no gozo e na luz deslumbrante da alma.
8. A oração deve ser insistente, já que a insistência põe de manifesto a fé.
9. Refleti e tende sempre diante dos olhos da mente a grande humildade da Mãe de Deus e Mãe nossa. Na medida que cresciam nela os dons do céu, aprofundava cada vez mais na humildade.
10. A alma cristã não deixa passar um só dia sem meditar a paixão de Jesus Cristo.

Fonte: Facebook do Prof. Felipe Aquino

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Oração de Santa Teresa de Los Andes


"Sou um nada criminoso! Tu me criaste, salva-me. Sou indigna de pronunciar o teu nome dulcíssimo, o que seria para mim um grande conforto. Aniquilada, ouso implorar a tua infinita misericórdia. Sim, sou ingrata, eu o reconheço. Sou como pó levantado, um nada criminoso.
Mas Tu não és por acaso o bom pastor? Não saíste a procura da samaritana para dar-lhe a vida eterna? Não foste Tu que defendeste a mulher adúltera e que enxugaste as lágrimas de Maria, a pecadora?
É verdade que elas souberam corresponder ao seu olhar de ternura; elas acolheram as tuas Palavras de vida. Eu, quantas vezes escutei o palpitar do teu coração no meu, escutando o teu melodioso canto! Mas perdoa-me, sou um nada criminoso que só sabe pecar.
Oh, meu adorado Jesus, pelo teu coração divino, esquece as minhas ingratidões e toma-me completamente. Isola-me de tudo o que possa acontecer ao meu redor, que eu viva contemplando-te sempre, que eu viva mergulhada no teu amor, para que isso consuma o meu ser miserável e me converta em Ti."

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Oração de preparação para a comunhão

Oração de Santo Tomás de Aquino para antes da Missa


Ó Deus Eterno e Todo-Poderoso,
eis que me aproximo do sacramento do Vosso Filho único,
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Impuro, venho à fonte da misericórdia;
cego, à luz da eterna claridade;
pobre e indigente, ao Senhor do céu e da terra.
Imploro, pois, a abundância da Vossa liberalidade,
para que Vos digneis curar minha fraqueza,
lavar minhas manchas,
iluminar minha cegueira,
enriquecer minha pobreza,
vestir minha nudez.
Que eu receba o Pão dos anjos,
o Rei dos reis e o Senhor dos senhores,
com o respeito e humildade,
com a contrição e devoção,
com a pureza da fé,
com o propósito e intenção que convém à salvação de minha alma.
Dai-me que receba não só o Sacramento
do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus Cristo,
mas também seu efeito e sua força.
Ó Deus de mansidão,
fazei-me acolher com tais disposições
o Corpo que Vosso Filho único,
Nosso Senhor Jesus Cristo,
recebeu da Virgem Maria.
Que eu seja incorporado ao Seu Corpo Místico
e contado entre Seus membros.
Ó Pai cheio de amor, fazei que,
recebendo agora Vosso Filho sob o véu do sacramento,
possa eternamente contemplá-lo face a face.
Amém.

fonte: https://www.facebook.com/salvemaliturgia

sábado, 2 de agosto de 2014

CÂNTICO DAS CRIATURAS

Poema-oração composto por São Francisco de Assis
Altíssimo, onipotente e bom Senhor, a ti subam os louvores, a glória e a honra e todas as bênçãos!
A ti somente, Altíssimo, eles são devidos, e nenhum homem é sequer digno de dizer teu nome.
Louvado sejas, Senhor meu, junto com todas tuas criaturas, especialmente o senhor irmão sol, que é o dia e nos dá a luz em teu nome.
Pois ele é belo e radioso com grande esplendor, e é teu símbolo, Altíssimo.
Louvado sejas, Senhor meu, pela irmã lua e as estrelas, as quais formaste claras, preciosas e belas.
Louvado sejas, Senhor meu, pelo irmão vento, e pelo ar, pelas nuvens e o céu claro, e por todos os tempos, pelos quais dás às tuas criaturas sustento.
Louvado sejas, Senhor meu, pela irmã água, que é tão útil e humilde, e preciosa e casta.
Louvado sejas, Senhor meu, pelo irmão fogo, por cujo meio a noite alumias, ele que é formoso e alegre e robusto e forte.
Louvado sejas, Senhor meu, pela irmã, nossa mãe, a terra, que nos sustenta e nos governa, e dá tantos frutos e coloridas flores, e também as ervas.
Louvado sejas, Senhor meu, por aqueles que perdoam por amor a ti e suportam enfermidades e atribulações.
Benditos aqueles que sustentam a paz, pois serão por ti, Altíssimo, coroados.
Louvado sejas, Senhor meu, por nossa irmã, a morte corpórea, da qual nenhum homem vivo pode fugir.
Pobres dos que morrem em pecado mortal! E benditos aqueles a quem a morte encontrar conformes à tua santíssima vontade, pois a segunda morte não lhes fará mal.
Louvai todos vós e bendizei o meu Senhor, e dai-lhe graças, e o servi com grande humildade!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Abandono à Providência Divina

Ato de Abandono
(Frei Réginald Marie Garrigou-Lagrange, O.P.)
 
Em vossas mãos, ó meu Deus, eu me entrego.
Virai e revirai esta argila,
sicut lutum in manu figuli (Jr 18, 6),
como a vasilha que se modela nas mãos do oleiro.
Dai-lhe forma;
e em seguida despedaçai-a, se assim quiserdes;
ela vos pertence, e nada tem a dizer.
Basta-me que ela sirva a todos os vossos desígnios
e que em nada resista a vosso divino beneplácito,
para o qual eu fui criado.
Pedi, ordenai;
que quereis que eu faça?
que quereis que eu deixe de fazer?
Exaltado ou rebaixado,
perseguido, consolado ou aflito,
utilizado em vossas obras ou sem para nada servir,
a mim não resta senão dizer,
a exemplo de vossa Mãe Santíssima:
“Seja feito segundo a vossa palavra”.
Concedei-me o amor por excelência,
o amor da cruz,
não destas cruzes heroicas
cujo esplendor poderia nutrir o amor próprio,
mas destas cruzes ordinárias
que nós carregamos, ai de nós, com tanta repugnância,
destas cruzes de todos os dias,
com as quais a vida está repleta
e com as quais nos deparamos a todo momento,
no caminho, na contradição, no esquecimento,
no fracasso, nos falsos julgamentos, nas contrariedades,
nas friezas ou no entusiasmo de alguns,
na grosseria ou no desprezo dos outros,
na enfermidade do corpo, nas trevas do espírito,
no silêncio e na secura do coração.
Somente então sabereis que vos amo,
embora, às vezes, nem eu mesmo o saiba nem sinta;
e isto me basta!

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Louvores da Misericórdia Divina (Santa Faustina Kowalska)

"O amor de Deus é a flor - e a misericórdia o fruto. Que a alma que desconfia leia estes louvores da misericórdia e torne-se confiante" (Diário, 949).

Louvores da Misericórdia Divina

Misericórdia divina, que brota do seio do Pai, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, atributo máximo de Deus, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, mistério inefável, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, fonte que brota do mistério da Santíssima Trindade, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, que nenhuma mente, nem humana e nem angélica, pode perscrutar, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, da qual provém toda a vida e felicidade, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, mais sublime do que os Céus, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, fonte de milagres e prodígios, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, que envolve o universo todo, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, que desce ao mundo na Pessoa do Verbo Encarnado, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, que brotou da chaga aberta do Coração de Jesus, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, encerrada no Coração de Jesus para nós e sobretudo para os pecadores, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, imperscrutável na instituição da Eucaristia, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, na instituição da Santa Igreja, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, no sacramento do Santo Batismo, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, na nossa justificação por Jesus Cristo, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, que nos acompanha por toda a vida, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, que nos envolve de modo particular na hora da morte, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, que nos concede a vida imortal, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, que nos acompanha em todos os momentos da vida, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, que nos defende do fogo do Inferno, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, na conversão dos pecadores endurecidos, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, enlevo para os anjos, inefável para os santos, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, insondável em todos os mistérios divinos, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, que nos eleva de toda miséria, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, fonte de nossa felicidade e alegria, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, que do nada nos chama para a existência, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, que abrange todas as obras de Suas mãos, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, que coroa tudo o que existe e existirá, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, na qual todos somos imersos, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, doce consolo para os corações atormentados, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, única esperança dos desesperados, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, repouso dos corações, paz em meio ao terror, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, delícia e êxtase dos santos, eu confio em Vós.
Misericórdia divina, que desperta a confiança onde não há esperança, eu confio em Vós.

Ó Deus Eterno, em quem a misericórdia é insondável e o tesouro da compaixão é inesgotável, olhai propício para nós e multiplicai em nós a Vossa misericórdia, para que não desesperemos nos momentos difíceis, nem esmoreçamos, mas nos submetamos com grande confiança à Vossa Santa Vontade, que é Amor e a própria Misericórdia. Amém.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Augusta Rainha dos Anjos



Augusta Rainha do Céu e altíssima soberana dos anjos, vós, que desde os primórdios recebestes de Deus o poder e a missão de esmagar a cabeça de Satanás, humildemente vos rogamos: enviai vossas santas legiões de anjos, a fim de que, à vossa ordem e pelo vosso poder, persigam os espíritos infernais e em toda a parte os combatam, confundindo-os em sua arrogância e arrojando-os para o abismo.

Ó Maria, Rainha dos Anjos, mandai a São Miguel defender-nos em todas as ocasiões de perigo da alma e do corpo.

Santos Anjos e Arcanjos, defendei-nos e guardai-nos.

(aprovada e indulgenciada pelo Papa São Pio X, a 8 de junho de 1808)